julho 25, 2016

Resenha: A Maldição do Vencedor - Marie Rutkoski

Helloo, pessoas, tudo numa nice?!
Hoje eu venho trazer a resenha de um livro que eu esperava alguma coisa legal, mas que acabou não entregando tudo quanto poderia. Confesso que o hype dele e tudo o mais me chamou a atenção e apesar de eu não gostar de pessoas na capa dos livros porque isso dirimi bastante o que poderíamos imaginar, eu ainda assim gostei, e outro ponto - o maior de todos - é que é de fantasia – meu gênero favorito vício da vida.
Título: A Maldição do Vencedor | Autor: Marie Rutkoski | Ano: 2016
Páginas: 328 | Editora: Plataforma21 | Lido em: Julho de 2016
Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?

    Em A Maldição do Vencedor nós conhecemos Kestrel, uma garota que quer ser dona de si mesma e tomar suas próprias decisões na vida. Filha de um poderoso general de Valória, ela decidi protelar a sua decisão de casar-se ou se alistar no exército contrariando as vontades do pai até a maioridade. Kestrel sabe que não leva jeito algum para ser soldado e também não quer casar.

   Em uma de suas idas com sua amiga ao centro da cidade, Kestrel vai parar no mercado de escravos e acaba comprando um, por um valor exorbitante, no leilão. Há um mistério no escravo que aparentemente sabe cantar – e que acaba fisgando a protagonista. Esse é o ponto de partida da estória.
"- Parece que alguém está sofrendo da maldição do vencedor.
Kestrel se voltou para ela.- O que quer dizer?- Você não frequenta leilões, não é? A maldição do vencedor é quando você vence as ofertas, mas só pagando um preço exorbitante."

   Eu sei que a sinopse é manjada e que eu deveria ter verificado antes, mas eu tenho essa mania de ler livros sem conferir a sinopse, e como eu gosto da editora que divulgou e apesar de eu ter visto que uma leitora que acompanho no goodreads tinha tido uma impressão negativa do primeiro livro e gostado dos outros dois, eu achei que poderia gostar. E só no meio da enfadonha leitura que eu verifiquei a sinopse e percebi que se tivesse visto antes não conferiria a obra. Mas enfim...

    O início já começa previsível como soa. Eu tenho problemas quando vejo uma situação que o autor entrega no livro que não me parece e nem soa verdadeira. E foi isso que eu vi quando Kestrel comprou Arin. Não me vi convencida pelo motivo de ela ter feito isso. Outro ponto que pode incomodar os leitores é que o livro é bem parado e não acontece quase nada. As “guerras” presentes são bastante rasas, como se trata de um livro de fantasia, espera-se que exista uma contextualização do ambiente e talvez explicação de alguma mitologia – sendo que este último não é completamente necessário. Então não espere encontrar nada do tipo no livro porque apesar de trazer um tema forte e importante sobre escravidão, e um contexto que parece legal considerando a "ambientação", ele não é bem aproveitado. Não há introdução de personagens e mundos como acontece no geral em trilogias, somente há Kestrel fofocando com sua amiga, encontros furtivos com Arin, bailes e nada tipo what the hell?.

   O enfoque do livro é o casal e para mim esse foi o grande problema, não porque eu sou avessa a romances – o que é em parte é verdade, não gosto do romance como o centro e total enfoque com toda a melação, mas eu curto de vez em quando – até porque eu li Estilhaçando-me e gostei e é um livro total romance apesar do que todos dizem sobre ter aquela questão de super poderes e blá blá blá. Mas sim porque o romance entre Kestrel e Arin não foi convincente, além de fraco. Quando ela o comprou no leilão já pareceu tudo forçado para mim. O desenvolvimento deles como casal pareceu precipitado, sem sentido e o mais previsível possível. Além de que – eu acho – se você for escrever qualquer gênero literário que o enfoque é o romance deve se certificar que está entregando um baita romance para que os leitores sejam supridos de toda forma. E não teve isso no livro. Eu não consegui gostar de Kestrel e muito menos de Arin.   

    Boa parte da obra Kestrel vive entre visitar a amiga, vestir vestidos, treinar para guarda e discutir com o pai sobre seu futuro. Talvez por ser um livro introdutório tenha esse problema. Ela é tida como super inteligente e estrategista e numa determinada situação do livro ela não faz absolutamente nada - o que me incomodou bastante.
Ela não olhou para trás quando ele voltou a falar.
"- Não vê, Kestrel, mesmo que o deus das mentiras ame você."
   O livro traz dois povos distintos: os valorianos e os herranis. O primeiro, o povo dominador, e o segundo o dominado. Essa parte também foi pouco aproveitada pela autora, sendo que parecia bastante interessante para mim. Não tem aquela sensação que você tem de esperar por algo e esse algo não chegar? Foi essa mistura desconexa de sentimentos que senti com esse livro, além da irritação por causa de algumas situações com certos personagens, mas enfim... Eu não esperava morrer de amores e tudo o mais, eu queria MUITO e esperava pelo menos gostar de alguma forma da estória. Só que não rolou.

    Mas algo realmente arrasador e bom que tirei da estória é a escrita. A escrita da Marie é maravilhosa. Eu acho que tenho certo amor incondicional pelas palavras, gosto de ver a maneira que os autores brincam com elas, o repertório que usam para diversos tipos de texto, as firulas, como um cantor faz melismas na voz um autor também brinca com as palavras e a Marie faz isso com maestria. Esse foi o ponto positivo e alto para mim na leitura.   

Apesar do meu sério problema com a estória, eu recomendo que você, leitor, verifique por si mesmo e aprecie a leitura. Cada um vê de forma diferente e essas foram as minhas impressões da obra.
Nota: 2/5

Esse trecho provavelmente é spoiler, então não prossiga se você não leu a obra.
* Só uma observação: se Arin de verdade tinha sido posto para penetrar na casa do general como ele mesmo disse, como o leiloeiro e ele sabiam que Kestrel de repente ia parar no leilão e comprar o Arin como escravo? Porque a autora fez parecer que fora casual. E acho que na verdade ela usou isso em benefício de outra coisa para colocar na obra. Não faz sentido algum. Achei que esse foi um furo na estória.

10 comentários:

  1. Oii Alana

    Bah que surpresa, só vejo resenhas positivas desse livro. É. não adianta, quando o romance não convence fica duro de aguentar, me passou a mesma coisa com Trono de Vidro da Sarah J. Maas, uma fantasia que todo mundo ama e eu odiei.
    Que pena que o livro não foi tão bom assim. Eu amo distopias, quando li a sinopse achei esse universo criado pela autora tão interessante, nunca esperava que o romance tivesse tanto foco, uma pena de verdade. Eu tb gosto de um bom romance, mas.. convenhamos que quando a gente pega um livro estilo A Maldição do Vencedor é muito mais esperando ação e fantasia do que romancezinho né?
    De qualquer jeito, já tenho esse livro aqui pendente para ler, então fatalmente será umad as minhas próximas leituras mas, depois de ler sua resenha, já não vou mais com tanta sede ao pote.

    Beijokas

    unbloglitteraire.blogspot.com

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  2. oi, oi.

    nossa, o livro parece ser cheio de suspense e ação. apesar de não ser o meu gênero preferido, eu super curti a proposta da história. não gosto muito trilogias tbm, mas essa me chamou muito a atenção, principalmente por Kestrel se mostrar ser uma personagem interessante. <3

    bjs!
    Não me venha com desculpas

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  3. Oi, Alana!
    Eu meio que fujo de livros no hype porque sempre se torna um 7x1 na minha vida e já cansei disso hahahhaha
    Beijos
    Balaio de Babados

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  4. Oi, Alana, tudo bem?
    Uma pena que esse livro foi decepcionante, só escuto gente falando bem dele, mas você foi a primeira que explicou melhor o livro e o contextualizou.
    Pelo que eu ouvia falar, pela sinopse e tudo o mais, parecia um livro com mais ação, aventura do que realmente é...
    Abraços!

    -Ricardo, http://lapsodeleitura.blogspot.com.br/

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  5. Oi Alana!

    Eu vejo essa capa por todos os lados, mas não tinha muito interesse em ler o livro. Mas se vc falou em romance é comigo mesmo rsrsrs Ao contrário de vc eu confesso que adoro uns clichês, mas não gostei muito desse furo citado não! Meu deixou com um pé atrás rs

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  6. Oi Alana!
    Sua resenha foi bem explicativa!
    Eu tenho interesse nesse livro sim, até agora n tinha lido nd negativo aobre ele...
    Acho a capa linda. Espero n me decepcionar com ele, curto romance e esses elementos a mais de fantasia, mas bem desenvolvidos, claro.
    Bjs
    http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

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  7. Olá, Alana.
    Eu gostei bastante dessa capa. Não conhecia a história do livro ainda e acho que não em interessou muito. Eu sou a favor de um bom romance, em livros de romance. Acho que no gênero em questão ele até pode existir mas deve passar longe de ser o foco. Até podeira ler ele, mas no momento não me interessa.

    Blog Prefácio

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  8. Olá, Alana.
    A premissa da obra não é ruim. Porém, o que você mencionou na sua resenha me deixou com os dois pés atrás. Esse foco no romance definitivamente não me agrada. Ademais, essa Kestrel, ao menos pela resenha, não me pareceu ser tudo que essa sinopse diz não. Mas vamos ver.
    Vou aguardar a resenha dos demais volumes.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de julho. Serão quatro livros e dois vencedores!

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  9. Oi
    só ando lendo resenha positiva, pena que para você a história foi mal aproveitada e o romance não convenceu, é ruim isso, nunca li nada da autora pelo menos curtiu a escrita.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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  10. Olá! Adorei a capa desse livro, me encantei! Não conhecia a história, embora tenha achado interessante, fiquei meio receosa com os seus comentários. Por enquanto vou fazer um bem pro meu bolso e não colocar na lista de desejados rs

    Beijinhos

    Bia - Blog Escrevendo Mundos

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