abril 26, 2016
Resenha: Mil Pedaços de Você - Claudia Gray
Helloo, people... Tudo numa nice?!
Acho que, na verdade, isso é mais um comentário do que propriamente uma resenha, mas vamos lá.
Um dos motivos que me levou a querer conferir essa obra é porque foi publicado pela Agir Now - uma das editoras que mais gosto nesse contexto quando se trata de livros legais e com diagramações lacradoras. Não sei se todo mundo já está ciente, mas eu sou super viciada nisso. Eu não conheço a autora e nunca tinha lido nada dela até esses dias. Outro motivo que me fez querer ler foram as resenhas positivas que vi por aí, algumas blogueiras próximas que estavam falando sobre o livro tão bem. Sendo assim, me vi motivada a fazer a leitura.
Páginas: 288 | Editora: Agir Now | Lido em: Abril de 2016
Marguerite Caine cresceu cercada por teorias científicas revolucionárias graças aos pais, dois físicos brilhantes. Mas nada chega aos pés da mais recente invenção de sua mãe — um aparelho chamado Firebird, que permite que as pessoas alcancem dimensões paralelas.
Quando o pai de Marguerite é assassinado, todas as evidências apontam para a mesma pessoa: Paul, o brilhante e enigmático pupilo dos professores. Antes de ser preso, ele escapa para outra realidade, fechando o ciclo do que parece ser o crime perfeito. Paul, no entanto, não considerou um fator fundamental: Marguerite. A filha do renomado cientista Henry Caine não sabe se é capaz de matar, mas, para vingar a morte de seu pai, está disposta a descobrir.Com a ajuda de outro estudante de física, a garota persegue o suspeito por várias dimensões. Em cada novo mundo, Marguerite encontra outra versão de Paul e, a cada novo encontro, suas certezas sobre a culpa dele diminuem. Será que as mesmas dúvidas entre eles estão destinadas a surgirem, de novo e de novo, em todas as vidas dos dois? Em meio a tantas existências drasticamente diferentes — uma grã-duquesa na Rússia czarista, uma órfã baladeira numa Londres futurista, uma refugiada em uma estação no meio do oceano —, Marguerite se questiona: entre todas as infinitas possibilidades do universo, o amor pode ser aquilo que perdura?
A grande questão é que eu não sou muito fã dessas estórias
de dimensões, voltar no tempo e essas coisas. Vi algumas pessoas comentando
sobre incoerências físicas e algumas situações
que não faziam sentido, mas como eu sou de humanas decidi deixar isso
passar batido antes de iniciar a leitura. O problema é que no decorrer do livro
eu percebi algumas coisas e uma falta de esclarecimentos sobre outras que me
fizeram duvidar de cada coisa que a personagem estava falando, até mesmo dos
físicos inseridos na estória que explicavam as coisas por alto. Eu preciso dizer que sempre detestei física na escola, mas mais do que isso, eu gosto de ficar esclarecida sobre alguma coisa, que me convença de verdade, mesmo sendo algo que não me identifico muito. E as explicações eram muito superficiais, como se não houvesse tido uma pesquisa profunda sobre determinadas coisas ou porque simplesmente pensaram assim: são adolescentes leitores, eles não entendem muito dessas coisas.
Para mim, a obra se volta mais para o romance. Quer dizer,
o triângulo amoroso entre Marguerite, Theo e Paul. Preciso admitir que não curti a obra,
nem me senti engajada a prosseguir com a leitura, só o fiz porque não gosto de
abandonar os livros; mas eu realmente estava ansiando para terminar logo, o que foi um
pouco problemático, acredite, mesmo o livro sendo fino. 288 páginas em dez dias é
muita coisa. A leitura não estava fluindo para mim e muito menos rendendo.
Outro ponto que me incomodou. Primeiro, a personagem principal pula dimensões para achar o
cara que supostamente matou seu pai, isso eu entendo, essa sede de vingança.
Mas quando ela não tem certeza de nada e só vai por pura emoção, tipo, o
resultado da perícia nem saiu e ela já entra numa missão louca que pode mata-la
sem ao menos conhecer a verdade para tirar conclusões é meio que sem sentido. Não me senti convencida por um único momento acerca de quem era o assassino e a protagonista também não inspirou tal sentimento. Esse é o gancho da
estória e, preciso dizer, não me convenceu. Poderia ter sido melhor elaborado e
a autora poderia ter trabalhado várias coisas de uma maneira muito melhor. É como se você entrasse num círculo às cegas e depois pensasse: Peidei na farofa. Para depois descobrir que de verdade você não deveria ter entrado no círculo porque simplesmente não fazia sentido, era só esperar alguém dizer alguma coisa para de verdade você seguir pelo caminho certo. (não sei se pareço lógica com esse argumentos, mas... ) Para mim, o gancho na verdade foi: precipitação.
Escute algo atrás da porta e depois saia adoidada para se vingar sem saber na real o que rolou. Não tenha os fatos, pule dimensões. Meio que as viagens dela ficaram sem sentido depois de tudo.
Outro ponto, encontrei furos na narrativa. Pode ser eu
sendo apenas paranoica e chata. Eu sei que sou uma leitora muitooo exigente. A
leitura não estava fluindo, mas, apesar disso, eu estava esperando gostar da
estória como algumas pessoas gostaram, eu realmente estava esperando um boom
prometido, algo que me chamasse a atenção e arrebatasse a minha mente, nem que
fosse simplesmente o romance para eu me empolgar, porque os outros
acontecimentos não estavam me interessando em nada na estória. Mas nem nessa parte do romance eu consegui me conectar. O triângulo estava ali formado, mas a situação era
caótica.
Acho que todo mundo já sabe que eu detesto triângulos e esse foi
tão na cara e descarado que fiquei com preguiça. Não senti empatia por ninguém,
exceto Paul. Ele me convenceu com seu jeito contido, taciturno e legal. Mas esse
amor arrebatado que ele sentia pela Margueritte, apesar de gostar dele não me
convenceu. Me pareceu bem manjado. Uma receita de bolo que já vimos por aí bastante. Sei lá, talvez essas últimas semanas eu esteja avessa a romance e
por isso não me conectei com nada.
Sinceramente, não me vejo fazendo a leitura dos próximos
títulos. Essa foi só mais uma distopia que não trouxe muita coisa e não mostrou
um universo diferente e nem bem trabalhado com os aspectos que poderiam ser
explorados de acordo com a proposta.
Ainda assim, acredito que cada leitor deve conferir por si
só a leitura e tirar suas próprias conclusões. Eu ainda não sei qual nota dar ao livro, então essa parte ficará em off.
Beijin...