julho 28, 2016
Resenha: Arena 13 - Joseph Delaney
Helloo, pessoas...
Hoje venho trazer para vocês a resenha de um livro que mexeu bastante comigo e que me deixou embasbacada e ainda assim tocada mesmo sendo uma fantasia/distopia juvenil. A sinopse já sumariza a estória e como estou com preguiça alheia de fazer uma ambientação floreando a sinopse, vou trazer logo as minhas impressões como tenho me acostumado a fazer.
Hoje venho trazer para vocês a resenha de um livro que mexeu bastante comigo e que me deixou embasbacada e ainda assim tocada mesmo sendo uma fantasia/distopia juvenil. A sinopse já sumariza a estória e como estou com preguiça alheia de fazer uma ambientação floreando a sinopse, vou trazer logo as minhas impressões como tenho me acostumado a fazer.
Título: Arena 13 | Autor: Joseph Delaney | Ano: 2016
Páginas: 320 | Editora: Bertrand Brasil | Lido em:
Julho de 2016
Primeiro livro da nova trilogia do autor best-seller de As Aventuras do Caça-Feitiço. Leif tem uma única ambição: tornar-se o melhor lutador da famosa Arena 13. Lá, os espectadores apostam em qual lutador vai derramar sangue primeiro. E, em ajustes de contas, apostam em qual lutador vai morrer. Mas a região é aterrorizada por Hob, um ser maligno que se deleita torturando a população e exibe o seu poder devastador desafiando combatentes da Arena 13 a lutas até a morte quando bem entende. E isso é exatamente o que Leif quer, pois ele conhece bem os crimes de Hob. E, no cerne da sua ambição, arde o desejo de vingança. Leif procura revanche contra o monstro que destruiu a sua família. Mesmo que isso lhe custe a vida.
Naquela cidadela de treze pináculos habita o Hob.
Ele está sedento por sangue.
Nós lhe daremos sangue até que ele se afogue.
Eu já tinha lido outra obra do Joseph antes, O Caça Feitiço e
tinha gostado bastante da escrita, linguagem e o cenário abordado, mas até hoje
não prossegui com a série porque tem treze freaking livros e eu não sou muito
de ler séries enormes, depende muito do meu humor. Mas enfim... Quando vi este
livro – e essa capa arrasadora, eu toquei tanto nos relevos da frente, lindeza
ever – e quando conferi a sinopse pensei: what the hell? Preciso ler. Essa
estória tem um teor mais sangrento, e traz uma pegada de horror num contexto
fantástico distópico diferente e interessante. Acredito que o autor utilizou
desse artifício, mesclar os gêneros de uma forma que totalmente deu certo, para
não se limitar e poder criar o que precisava para fluir perfeitamente na sua
estória.
É difícil não retomar a Roma Antiga, os gladiadores e as arenas
quando se lê essa estória. O contexto é bastante interessante, a mitologia é
bem construída e os cenários são chamativos e nos remontam muito a cidades
quase medievais, com um teor obscuro e diferente. É viciante, rápida e fluída a
estória. Num dado momento da leitura, quando Kwin explicava algumas coisas
sobre a arena para Leif, eu me lembrei de alguns aspectos que tinha estudado
sobre as arenas naquela época – porque eu gosto de ficar lendo sobre tudo
quanto é História. E eu gostei disso porque retomou a um tipo de conhecimento
específico que eu já tinha. Na Roma antiga os gladiadores lutavam em uma
superfície coberta de areia que absorvia o sangue devido aos combates sangrentos
em demasia.
Inevitavelmente remeti a Gladiador - filme maravilhoso... :) - mas só por causa da Arena porque as regras de combate no livro são completamente diferente e originais. |
Bastões e pedras podem quebrar os meus ossos.
Mas verbatis são muito fatais.
Acho que um livro escrito em primeira pessoa acaba entregando
algumas coisas da estória do que em terceira. E acabamos sabendo de cara que o
Leif inevitavelmente precisa vencer as barreiras para chegar a tão
sonhada Arena 13. O grande ponto da questão é o desenvolvimento dele durante as
adversidades e para mim o ponto alto. Há clichês sim, é verdade, mas não deixa de ser uma obra
autêntica e primorosa.
Quero ressaltar alguns personagens além de Leif – arrasador,
divertido, cheio de falhas, corajoso e humano - que me chamaram a atenção por
diversas características. Na obra nos deparamos com Kwin – uma garota legal,
destemida, rápida com o bastão e a espada que gostei de cara. O lac de Leif que
me conquistou com o tempo. Tyron, um dos melhores modeladores da cidade e Kern
o cunhado.
Muitos vão achar que é meio manjado a questão do filho – Leif –
sair em busca de vingança para tentar se reerguer depois de uma tragédia
familiar, – morte de mãe e pai – e na verdade é. A grande sacada é saber ser
original dentro desse mesmo contexto. E foi algo que o Delaney soube bem como
fazer. Num determinado ponto da leitura em que eu fiquei chocada com uma
revelação, me veio à mente: bem pensado e conduzido para não levantar suspeitas.
Fiquei tão empolgada com os rumos da estória. Foram abertas tantas
possibilidades.
Eu achei essa imagem no site do livro!
Eu achei essa imagem no site do livro!
Ajustes de contas geralmente terminam com a decapitação do perdedor. Às vezes, apenas corta-se a garganta. Esses são os métodos preferidos. Uma morte desordenada resulta de múltiplos cortes pelo corpo.
Manual de Combate Trigladius
O livro é meio sangrento e traz um teor de horror – não terror,
gente – que eu na verdade não esperava, mas que se torna mais que plausível na
estória devido ao ambiente que estão vivendo e o terrível Hob. Em certo ponto
da leitura eu me perguntei, e qual é o sentido de tudo isso? Porque tantos
garotos se submetiam a isso, arriscar a própria vida para entrarem nas arenas e
obter glória e foi então que me lembrei dos gladiadores e das guerras. Por
exemplo, na primeira guerra mundial, como já vimos retratado em séries ou
filmes, os rapazes se alistam com orgulho para as guerras porque queriam e isso
muitas vezes me deixava confusa e angustiada pelo que viria e os traços da
guerra que seriam deixados, pois não fazia sentido algum para mim.
A morte muda tudo.
Foi legal enxergar as coisas pelos olhos de um garoto. Através
disso nós conseguimos ver as ambições, o que se passa na cabeça e como o Leif
se sentia em relação a Kwin, as mudanças de humor, o sofrimento e as
conquistas, a maneira que ele regia a cada situação foi divertido e prazeroso
de ver.
Esse livro me surpreendeu e me trouxe um monte de sentimentos, eu
simplesmente amei essa obra e recomendo. A leitura é rápida e fluída apesar dos
nomes estranhos e das regras dos combates, nós acabamos nos afeiçoando a
estória e acostumando.
Nota: 4/5